Festival de Mentiras vai dar 1 Real em prêmio!

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Anualmente, dia 1º de abril, acontece em Fortaleza o Festival de Mentiras, debaixo do Cajueiro Botador (Cajueiro da Mentira), na Praça do Ferreira, rememorando a história dos potoqueiros das antigas. Este ano, o evento volta a ser presencial; já que ano passado, devido a pandemia da COVID-19, o mesmo aconteceu no formato virtual.

Não precisa correr! As inscrições acontecerão uma hora antes do Festival, de baixo do pé de caju.

Este ano, como inovação, a organização do evento vai dar um CERTIFICADO a cada mentiroso participante. No Certificado, além do Cajueiro da Mentira, também esta estampado o Troféu Pantaleão, personagem loroteiro de Chico Anysio. Também teremos prêmio em dinheiro para os 3 primeiros colocados. Aliás, um prêmio fenomenal, totalizando Um Real e Setenta e Cinco Centavos em moeda corrente do Brasil, assim distribuído:            

1º Colocado R$ 1,00          

 2º Colocado R$ 0,50          

  3º Colocado R$ 0,25            

O prêmio será pago na hora, sob forte esquema de segurança.           

Qualquer pessoa poderá disputar; menos, quem for candidato nas eleições deste ano.

Para participar, basta preparar uma boa mentira, pegar o microfone e soltar o verbo.            

Quem vai escolher o Maior Mentiroso do Ano será o público, através de aplausos, vaias, gritos, gemidos, estalos de dedos, assobios ou outra manifestação qualquer de apoio ao seu mentiroso preferido.   

A organização é do Escritório do Riso, Museu do Humor Cearense e Museu do Caju.

O Festival de Mentiras abre a programação das comemorações do Dia do Humorista. Mas aí, é outra história…

SERVIÇO:

33º FESTIVAL DE MENTIRAS

LOCAL: Praça do Ferreira

Horário: 17h

Informações: 85 999 91 0460 (Jader Soares Zebrinha) 

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Chico morreu na hora certa!

Humorista Chico Anysio

Por Jader Soares – Humorista

Existe hora certa para alguém partir desta para a “melhor”? Uns dizem que sim, outros, que não! Mas, quem somos nós para entender os desígnios da sorte ou da morte?

O ser humano nasce para permanecer na terra por um período médio de 75 anos. Mas tem uns que ultrapassam os 100. Já outros não chegam a fase adulta. E por aí vai! O certo é que tem morte para todo intervalo de idade.

E há mortes mais sentidas que outras. Isso depende de uma enormidade de fatores em torno de quem parte: por que parte, como parte, e com que idade tá deixando esta vida para trás.

Vou deter-me aqui sobre a morte do humorista Chico Anysio, que se foi aos 80 anos e 345 dias de idade, há exatos 10 anos, numa tarde do dia 23 de março de 2012. Quando Chico morreu eu não pensava assim, mas hoje, é assim que penso: CHICO MORREU NA HORA CERTA!

Chico respirava humor e era genial no humor inigualável que fazia, sempre prezando pelo social; sendo a voz do povo pobre e sofrido deste país chamado Brasil. E você sabe, né?! quando a denúncia é feita com graça, atinge em cheio e melindra o denunciado, para o deleite e felicidade geral de quem sofre com a ação do explorador. Que poder extraordinário tem o humor!

Mas, por que afirmo que o filho de Maranguape partiu na hora certa? Falo isso porque, sendo Chico um ser intenso (e bote intenso nisso!) em tudo que fazia, não consigo visualizar conforto do mestre, diante da onda das redes sociais, onde o FLA x FLU está instalado… e olhe que Chico era doido por futebol, tendo inclusive sonhado um dia “ser craque da pelota ao se tornar rapaz”.

Vamos lá! Peguemos um simples exemplo, elegendo um dos 209 personagens que Chico tinha: Salomé… àquela senhorinha chique de Passo Fundo, RS, que sempre ligava para o presidente de plantão! O primeiro a receber chamadas foi Figueiredo (João Batista de Oliveira Figueiredo), o último presidente do regime militar instalado em 1964: “João Batista… como vai, guri?” Aí, depois veio Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma. Dilma, foi a última presidente a atender as ligações da Salomé.

Agora, imagine você, se a gaúcha ainda estivesse por aqui, e ligasse para o “mito”?! E, depois daquela conversa inicial, que sempre era amistosa, viesse, no finalzinho do telefonema a seguinte pergunta: “É verdade que quando vocês estão num restaurante em família, a conta é dividida por todos, ou seja, é bem rachadinha?! Ué! Desligou!!!”

Seria um Deus nos acuda nas redes sociais! Xingamentos etc, coisa e tal!

E isso com certeza tiraria Chico do sério!

Parar de criar e fazer graça, não pararia. Talvez até tentasse se adaptar aos novos tempos; mas, com a impulsividade que tinha de produzir, acredito que a imbecilidade e os comentários sem eira nem beira, o fariam refletir, e talvez, até calar-se!

Chico morreu na hora certa!

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60 Tons de Risos

8 de março.

No lar de Antônio José Rodrigues Cavalcante, a comemoração vai além dos parabéns para Patrícia, Ivete e Maria, as mulheres da casa, afinal, o dia é delas; porém, é dele também! É que calhou de Antônio José nascer justo num 8 de março. Na época do seu nascimento, ainda não havia a data como comemoração do Dia Internacional da Mulher, instituído que foi, pela ONU, na década de 70 do século passado.

Ele é de 62. Como estamos em 2022, o filho do seu Hugo e dona Ivete, está completando, hoje, 60 anos, fechados. Se tivesse teimado em ser jogador de futebol, já estava com as chuteiras penduradas pelo Calouros do Ar. Mas, o moço, apesar de gostar de jogar bola, preferiu marcar seus gols em outras redes: Globo, Record… Virou artista. Humorista.

Com vinte e poucos anos, Antônio José deixou de ser Antônio José para ser TOM CAVALCANTE, nome sugerido por seu colega de rádio João Inácio Júnior. Com 30, a metade da idade que está completando hoje, Tom dá o seu grande salto na carreira, estreando na Escolinha do Professor Raimundo da Rede Globo de Televisão, levado por Chico Anysio. “Feche a conta e passe a régua”, bordão propalado a cada aula pelo impagável João Canabrava.

Tom faz 60 anos com jovialidade!

Tem nome respeitado nacionalmente, e goza de amizades, as mais ilustres do meio artístico. Sabe chegar, ficar e sair numa boa! E, naturalmente, ainda tem muita lenha pra queimar! Para ser sincero, acho que tá com gás de quem está começando; porém, com uma vantagem incrível, que é a bagagem de 40 anos de risos.

Tom, que a maturidade destes seus 60 anos, nos dê a esperança de que ainda teremos muitos risos pela frente!

Parabéns!

Jader Soares

Humorista e pesquisador de Humor. Diretor do Teatro Chico Anysio e Museu do Humor Cearense.

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