Disso ninguém tem dúvida: Zé da Diva é a figura mais popular e querida do Parque Araxá, bairro fincado em Fortaleza, entre Parquelândia, Rodolfo Teófilo, São Gerardo e Benfica. Agora, o bicho tá todo importante. Isso, graças ao livro lançado domingo passado, dia 27 de novembro de 2022 pelo jornalista Juracy Mendonça. Título: “Zé da Diva – 25 anos de presepadas”. Pois é! Um quarto de século botando boneco e fazendo estripulia, tendo como cenário, na maioria dos causos, os bairros acima citados.
Juracy nasceu no Pirambu, mas, tem mais da metade da vida vivida no Parque Araxá. Todo mundo do bairro o conhece. Zé da Diva nasceu no interior do Ceará, mas nunca se soube realmente qual cidade o pariu. Chegou em Fortaleza ainda meninote, e afirma, batendo nos peitos, que é mais conhecido e famoso que Juracy. O certo, é que um não vive sem o outro. Este é o criador, àquele, a criatura. Isso mesmo! Zé da Diva é um personagem criado por Juracy Mendonça em 1997, ano de fundação do seu Jornal Parque Araxá-JPA. Desde o primeiro número, Zé da Diva é uma das colunas mais lidas do JPA. E não podia ser diferente, Zé é cheio graça, mungangos e sacadas maravilhosas. O bicho é fresco!
O lançamento do livro deu-se no Casa Nossa, antigo Clube Tiradentes, no Parque Araxá, claro! Mais de duzentas pessoas compareceram ao evento, que começou ao meio-dia, acompanhado de boa música, comandada pelo maestro Conrado Dieb, e uma suculenta feijoada. Falaram, além de Juracy, o vereador Michel Lins e o humorista Jader Soares, que apresentou a obra.
O autor teve uma brilhante sacada: pegou piadas de domínio público e usou o Zé da Diva como cabide, ou seja, pendurou as piadas nele, adequando ao seu tempo e espaço. Aliás, isso é muito comum acontecer. Dos causos contados sobre o famoso Seu Lunga, do Cariri, por exemplo, pouquíssimos, realmente, aconteceram com ele. De Quintino Cunha, digo a mesma coisa. Então, Juracy foi certeiro em pegar este mote.
Que bom, se outras pessoas, nos mais diversos bairros de Fortaleza, também juntassem um elenco de piadas e pendurassem num personagem qualquer, editando um livro. Afinal, somos ou não somos a Capital do Humor? Sei que não precisaria dizer, mas, ao mesmo tempo, não custa nada lembrar… né não? Fica a dica!
O exemplar por nós adquirido, fará parte do acervo da Biblioteca Professor Raimundo (Museu do Humor Cearense), que tem mais de 3 mil livros específicos de humor.
Se você ainda não tem o livro, procure! Você vai morrer de rir!
Ao Juracy, que completou 6.5 no dia do lançamento do livro, deixo aqui meus parabéns!
E viva o bom humor cearense!
P.S.:
Para ilustrar a perspicácia do Zé da Diva, segue uma das mais de 200 piadas que tem no livro:
DEFUNTO SE MEXENDO
Zé da Diva, durante uma bebedeira, perguntou aos amigos que estavam ao seu redor:
– No dia em que vocês morrerem, no velório, quando vocês estiverem dentro do caixão, o que queriam ouvir dos parentes e amigos?
Chico Cotôco afirmou:
– Eu queria ouvir alguém dizendo: Chico Cotôco era um cidadão honesto, bom pai, bom marido…
Anacleto acrescentou:
– Queria que dissessem: Anacleto era um sujeito legal, que não fazia mal a ninguém…
Aí Zé da Diva, rebateu:
– Pois no meu velório, eu queria que alguém dissesse: Olha, o defunto tá se mexendo!